2 de ago. de 2017

Convite para a Comunhão

Depois da secreta da comunhão, e isto significa após um momento de silêncio, o padre apresenta o Corpo do Senhor e convida os celebrantes a se aproximarem da Mesa Eucarística. 
É um rito muito simples, quase silencioso. O padre conclui a secreta da comunhão, faz a genuflexão diante do Santíssimo e o apresenta aos celebrantes com uma formula de convite para comungar a Eucaristia. Depois o padre comunga o Corpo e o Sangue do Senhor. 
O Missal Romano propõe seis formulas para o convite. A mais conhecida é: "Felizes os convidados para a Ceia do Senhor". Logo em seguida, o padre apresenta o Corpo de Cristo dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Os celebrantes participam dizendo: "Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo"

Fórmulas Bíblicas
Facilmente percebido, trata-se de convites inspirados na Bíblia, especialmente no Evangelho e no Sl 34. Propostas que se inspiram na “Ceia do Senhor” (Mt 26,26-29; 1Cor 10,14-22 e outros textos); aclamação da assembléia inspira-se no encontro de Jesus com o centurião romano (Mt 8,8). As demais fórmulas contendo as expressões: “banquete nupcial do Senhor” (Mt 22,1-4); “luz do mundo” (Jo 8,12); “minha carne e meu sangue” (Jo 6,56); “bondade divina e refúgio no Senhor” (Sl 34,8); “pão vivo” (Jo 6,51). Todas os convites, como dito, de inspiração Bíblica e relacionados ao contexto Eucarístico.

Outras formulas para o convite  
As propostas dos convites no Missal indicam duas direções para a criatividade litúrgica em vista de compor outros convites. A primeira, que os convites tenham inspiração Bíblica, prevalentemente evangélica. Neste sentido, excluam-se convites de cunho emocional, como por exemplo: "vejam quem está aqui como prova de amor por nós." Não comporta igualmente monições, feitas em modo de reflexões, pedindo para fechar os olhos, abrir coração... O rito que convida para comungar a Eucaristia é um rito em forma de convite e, como é característico dos convites litúrgicos, são ritos breves, isto é, feito apenas por um convite e com um convite.
Quer dizer que é preciso, então, limitar-se às formulas do Missal? Diria que não, porque o Missal, de modo implícito, oferece uma pista para se criar outras fórmulas de convites. Isso significa, do ponto de vista litúrgico,  formular o convite para a comunhão inspirando-se no Evangelho do dia. Tal prática fundamenta-se na relação que a Mesa da Palavra mantém com a Mesa Eucarística. Aquilo que foi comungado na Palavra é comungado na Eucaristia. Um modo de estabelecer tal relação é evocando o Evangelho, transformando-o em convite para a Comunhão. 
Suponhamos que a celebração esteja proclamando o Evangelho do Bom Pastor. O convite poderá ser formulado com a palavra de Jesus: "eu sou o bom pastor". Ou se o Evangelho for a parábola do Pai Misericordioso. O convite poderá ser feito do seguinte modo: "na casa do meu pai tem comida em abundância"
Com criatividade litúrgica é possível unir facilmente a Mesa da Palavra com a Mesa da Comunhão através do convite para comungar o Pão e o Vinho Eucarísticos.
Serginho Valle 

Julho 2017  
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