12 de jun. de 2021

Espiritualidade litúrgica no Sacramento da Unção dos Enfermos

 

A debilidade humana manifesta-se de modo especial no corpo doente. Sabemos, pela experiência da vida, que não teremos a mesma saúde à medida que os anos passam. A doença, ou a fraqueza física para alguns, é uma realidade que um dia tomará conta de nós. Isto nos debilita. Para aquele momento, quando nos dermos conta que o vigor dos anos se foi, ou que alguma doença nos afetou, a Igreja vem em socorro intercedendo a graça divina para que a pessoa recupere a saúde e a força da vida, se for da vontade de Deus.

A espiritualidade da Unção dos Enfermos leva os celebrantes a se unirem mais intimamente com Jesus Cristo sofredor para o bem do povo de Deus, explica São Paulo (Cl 1,24). A debilidade corporal, manifestada na velhice ou na doença, não é nem descartável ou apenas deplorável; para a Igreja é um tempo para fazer do sofrimento uma oferta agradável ao Pai para o bem do mundo, como diz São Paulo VI, na Constituição Apostólica “De Sacramento Unctionis Infirmorum”.

Por meio da celebração do Sacramento da Unção dos Enfermos, o cristão é convidado a participar e a colocar em Deus toda sua fé e esperança, como lemos em vários exemplos evangélicos das curas dos doentes por Jesus. A espiritualidade presente na Liturgia da Unção dos Enfermos é vivida de modo intenso; o padre que preside este sacramento sabe o que isso significa. É a espiritualidade que fortalece a vida do enfermo ou do idoso pelo abandono nas mãos de Deus. É momento para a pessoa reconhecer-se necessitada de tudo e, sem alguma resistência, colocar-se no colo de Deus, pois nele está o consolo, a força e a esperança. Quem preside a Unção dos Enfermos deve ser alguém envolvido pela misericórdia divina, ser um reparador da força no doente, para ajudá-lo a abandonar-se no colo de Deus.

Serginho Valle

Maio de 2021

 

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial