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3 de abr. de 2021

Espiritualidade sacerdotal


 


A dimensão espiritual do sacerdócio, do ponto de vista litúrgico, encontra-se nos três graus do sacramento da Ordem: diaconal, presbiteral e episcopal. Em cada um destes graus existe um modo próprio de viver a espiritualidade cristã, viver o discipulado. Na Oração consacratória, encontramos algumas características próprias da espiritualidade em cada um dos graus da graça sacerdotal.

          O diaconato alimenta-se da espiritualidade do serviço, a exemplo de Cristo que veio para servir e não ser servido (Mt 20,28). O presbítero alimenta-se da espiritualidade missionária e evangelizadora, “para que as palavras do Evangelho cheguem aos confins da terra e os povos se tornem um só povo de Deus” (oração consacratória da ordenação presbiteral). No grau episcopal, a espiritualidade do bispo caracteriza-se pela total e absoluta dedicação ao rebanho da Igreja, a exemplo de Cristo Pastor e seja “pela mansidão e pureza de coração, uma oferenda agradável” a Deus (cf. Oração consacratória da ordenação episcopal).

          Em qualquer grau do sacerdócio, a Liturgia da ordenação tem um elemento comum: o sacerdote é chamado a viver sua espiritualidade configurando-se a Cristo, dedicando sua vida de modo pleno e total à evangelização para que o “mundo creia”, para que o mundo viva os valores do Reino de Deus e se encontre com a Salvação que Deus concede por seu Filho Jesus. Vive-se esta dimensão da espiritualidade no mesmo amor oblativo de Jesus Cristo, alimentando-se da Eucaristia e da oração para a glória de Deus e para o bem do povo, na profundidade e na dinâmica que cada uma dessas palavras representa na teologia da Igreja.

O alimento espiritual é idêntico em todos os estágios existenciais: é o alimento da Palavra de Deus, Eucaristia, oração, ascese, etc.... Mas, aqui o destaque é para que a glória de Deus se faça presente no mundo (Cf. Jo 1,14) e isso dentro da dimensão joanina, que apresenta Jesus Cristo como a luz do mundo e luz para o mundo (Jo 3,19; 8,12). No contexto da Teologia e espiritualidade joanina, a vida sacerdotal é uma vocação dedicada ao serviço do povo, para que Jesus seja o caminho, a verdade e a vida do mundo (Jo 14,16), para que Jesus a porta que dá acesso ao Pai (Jo 10,9), para que o mundo creia que somente nele, em Jesus Cristo, o homem e a mulher encontrem sentido existencial. A espiritualidade sacerdotal deve inundar o sacerdote (diácono, padre ou bispo) desta verdade a ponto dele não lhe pertencer, mas, a exemplo de Paulo, ser todo de Cristo e de Cristo nele vivendo plenamente (Cf. Ef 3,8-9; Rm 14,17; Gl 2,20).

Estes elementos, citados aqui de modo indicativo, se fazem presentes no rito litúrgico da Ordem, nos três graus, e indicam um programa de vida e um sentido existencial para quem responde a esta vocação.

Serginho Valle

Abril de 2021

 

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