“Tudo
isso, além de exprimir a ordenação hierárquica e a diversidade das funções,
deve constituir uma unidade íntima e coerente pela qual se manifeste com
evidência a unidade de todo o povo de Deus. A natureza e beleza do local e de
todas as alfaias alimentem a piedade dos fiéis e manifestem a santidade dos
mistérios celebrados.”
A
conclusão da IGMR 294, no seu último parágrafo, apresenta a simbolização do
espaço celebrativo. Do ponto de vista comunicativo, o espaço celebrativo é
mensagem simbólica. Comunica a disposição hierárquica da celebração e, ao mesmo
tempo, a unidade entre os ministérios que participam do ato celebrativo.
Sendo assim, como expresso na última parte da IGMR
294, então compreende-se que existe um simbolismo presente no espaço
celebrativo, de
onde a necessidade deste ser proposto,
não apenas com o bom gosto de um decorador, o que é muito importante, mas
também com uma arquitetura harmônica e artística.
Uma
terceira dedução, além da funcionalidade e da simbolização do espaço
celebrativo, diz respeito à decoração. Esta precisa ser
artística a ponto de realçar o espaço celebrativo para não escondê-lo ou desfigura-lo. Ou ambos os casos. A colocação de um arranjo que
esconde o ambão ou o altar, por exemplo, é totalmente ruidosa, do ponto de
vista da comunicação litúrgica, pois está escondendo e desfigurando espaços
celebrativos simbólicos e, enquanto tal, comunicantes de uma
mensagem. Na prática, nem altar e nem ambão foram feitos para serem
suportes de flores ou de objetos.
O
último pensamento da IGMR 294, portanto, expõe
a finalidade de um espaço celebrativo artístico, simbólico e funcional em
vista de favorecer uma celebração digna da Liturgia e
santificante na vida dos celebrantes.
Serginho Valle
2016
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