11 de nov. de 2016

IGMR 294d – Simbolismo do espaço celebrativo


“Tudo isso, além de exprimir a ordenação hierárquica e a diversidade das funções, deve constituir uma unidade íntima e coerente pela qual se manifeste com evidência a unidade de todo o povo de Deus. A natureza e beleza do local e de todas as alfaias alimentem a piedade dos fiéis e manifestem a santidade dos mistérios celebrados.

A conclusão da IGMR 294, no seu último parágrafo, apresenta a simbolização do espaço celebrativo. Do ponto de vista comunicativo, o espaço celebrativo é mensagem simbólica. Comunica a disposição hierárquica da celebração e, ao mesmo tempo, a unidade entre os ministérios que participam do ato celebrativo.
Sendo assim, como expresso na última parte  da IGMR 294, então compreende-se que existe um simbolismo presente no espaço celebrativo, de onde a necessidade deste ser proposto, não apenas com o bom gosto de um decorador, o que é muito importante, mas também com uma arquitetura harmônica e artística.
Uma terceira dedução, além da funcionalidade e da simbolização do espaço celebrativo, diz respeito à decoração. Esta precisa ser artística a ponto de realçar o espaço celebrativo para não escondê-lo ou desfigura-lo. Ou ambos os casos. A colocação de um arranjo que esconde o ambão ou o altar, por exemplo, é totalmente ruidosa, do ponto de vista da comunicação litúrgica, pois está escondendo e desfigurando espaços celebrativos simbólicos e, enquanto tal, comunicantes de uma mensagem. Na prática, nem altar e nem ambão foram feitos para serem suportes de flores ou de objetos. 
O último pensamento da IGMR 294, portanto, expõe a finalidade de um espaço celebrativo artístico, simbólico e funcional em vista de favorecer uma celebração digna da Liturgia e santificante na vida dos celebrantes. 
Serginho Valle 
2016 




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