O altar é o espaço litúrgico-celebrativo
da Eucaristia. Por isso, o mesmo não deveria ser usado fora da celebração
Eucarística, em outras celebrações sacramentais ou não sacramentais,
transformando-o em suporte de livros ou de alfaias, como a caldeira de água
benta, por exemplo. Pior ainda, quando o altar é usado como prateleira para
vasos orçamentais, como se vê em alguns casamentos. Altar não é local para se
colocar arranjo.
O altar, em celebrações não Eucarísticas,
como casamentos, celebrações penitenciais, celebrações da Palavra, e demais
sacramentos, atua sempre como referência explícita e direta que conduz à
Eucaristia. É o símbolo referencial de que o Sacramento, celebrado em sua
presença, vêm da Eucaristia e à Eucaristia se destina. O mesmo vale para
celebrações, nas quais acontece somente a Liturgia da Palavra ou, como se
denominam em algumas localidades, os cultos presididos por ministros ou
ministras não ordenados. A celebração acontece no espaço celebrativo do ambão e
o altar ali está como referência da Eucaristia que não pode ser celebrada.
Neste caso, interroga os celebrantes e os leva a refletir sobre o valor da
Eucaristia, na comunidade.
Mas, tanto no caso das celebrações da
Palavra presididas por ministros, como nas celebrações sacramentais com
distribuição da Eucaristia (Matrimônio, Unção dos Enfermos, Crisma fora da
celebração da Missa) — como acontece na celebração da Sexta feira Santa — o
altar é preparado unicamente para a distribuição da Eucaristia. Não se usa o
altar para iniciar celebrações e, para sermos coerentes, nem a Missa deve ser
iniciada no altar, como ainda se vê em algumas comunidades.
Concluindo. Minha reflexão tem a
finalidade única de valorizar o símbolo sacramental do altar seja como fonte da
celebração de todos os sacramentos seja como desejo de dele se aproximar para
se ser plenamente alimentado com o Pão Eucarístico em todas as celebrações
sacramentais e não sacramentais.
Serginho Valle
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