Monótono,
enrolado, falador, não se entende o que diz, lento, enjoado, chato... e a
ladainha vai longe. É tudo que se diz de um padre não sabe dar vida à missa. Um
bom presidente é outra coisa. A missa é celebrada. O padre age com calma. A
assembléia percebe que ele está rezando, cantando, ouvindo... está presente
naquilo que faz.
Mas
não é só o padre que dá o tom nisso tudo. A afinação começa com cantos que
combinam com os momentos da celebração, leitores que lêem bem e bonito,
coroinhas que não distraiam a assembléia, músicos que só tocam quando é momento
de cantar, limpeza na igreja, e muito muito mais que isso. Isso sim que é uma
celebração bem feita; uma Ação de Graças, uma Eucaristia.
E o padre chato? Esse é um problema.
Tem cura? Claro que sim; e sem fazer
muita terapia. Não é preciso nem brigar com o homem. É muito simples;
basta entender uma coisa somente. Entender que a missa não é do padre; é nossa.
Isso tira a chatice do padre? Tira!!! Mas tem uma condição. É preciso que todos
façam bem a sua parte. A Equipe de celebração tenha tudo preparado com
antecedência: leitores, salmista, pessoas que participarão das procissões... Os
ministros da música já escolheram as músicas e afinaram os instrumentos na
sacristia. E assim por diante. E o padre? Claro que diante disso ele terá que
se preparar, senão vai ficar chato prá ele.
Entendeu? A missa é chata quando o
padre tem que salvar a pátria sozinho. Quando tudo está preparado e cada um faz
a sua parte, e faz bem feito, a missa acontece sem chatices. Todos celebram com
todos.
E se o padre não se preparar? Bom,
daí o pessoal da Equipe Litúrgica vai precisar falar com o padre. Caso isso não
resolva, a Equipe de Celebração vá bem preparada... alguém ficará com medo de
destoar... aos poucos ele vai percebendo e a Equipe de Celebração o ajudará se
livrar de sua chatice para o alívio geral da comunidade.
Serginho Valle
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