“As
aclamações e respostas dos fiéis às orações e saudações do sacerdote constituem
o grau de participação ativa que os fiéis congregados, em qualquer forma de
Missa, devem realizar, para que se promova e exprima claramente a ação de toda
a comunidade.” (IGMR 35).
A IGMR 35 destaca um modo de participação celebrativa na
Eucaristia. O texto denomina de “grau de participação ativa” dos fiéis. Um
enunciado que abre espaço para contemplar três elementos: a graduação na
participação, a existência de outras formas de participação ativa e,
igualmente, a existência de uma “participação passiva”.
Existe um grau de participação dos celebrantes,
evidenciando assim, que os mesmos são chamados a participar em determinados momentos
da celebração, como elencado na IGMR 35: aclamações, respostas em orações e
respostas a saudações. Não consta como modo de participação ativa recitar
partes da Oração Eucarística, por exemplo, ou proclamar o Evangelho. Como
também não se entende por participação cantar o tempo todo, falar ou recitar
orações o tempo todo, bater palmas em todas as músicas...
Em segundo lugar existe outro modo de participação que, por
ser participação (tomar parte), é sempre ativa. Neste caso, trata-se da
participação realizada pelo ouvir, pelo ver e pelos gestos. Ouvir as leituras,
ver as procissões ou participar do gesto processional e de outros gestos, como
ajoelhar-se, sentar-se e ficar de pé. Além disso, é também participação o
silenciar e o cantar. Na celebração, o silêncio pode ser ritual, como acontece
na Liturgia da Palavra e na Oração Eucarística, e pode ser orante, como em
momentos de preparação para algum rito, como no caso da preparação para o ato
penitencial ou depois da comunhão. A participação pela música acontece cantando
ou ouvindo. Mas, este é um assunto que tratarei oportunamente em outra ocasião.
Por fim, aquilo que denomino de “participação passiva”, que
nada tem a ver com passividade na celebração. Por “participação passiva”
entendo aquela participação que acontece através da assistência de alguns
ritos, como por exemplo, procissões, encenações pedagógicas e coreografias,
feitas esporadicamente em algumas celebrações mais solenes ou mais festivas. Em
algumas Missas rituais, como aquela Matrimonial, existe a assistência do
compromisso sacramental, inclusive denominando o ministro do Sacramento
Matrimonial como aquele que assiste o Matrimônio em nome da Igreja.
Em conclusão, mesmo que os graus de participação sejam diferenciados,
o que os une é a atividade. Seja falando, cantando, silenciando e, até mesmo,
assistindo, a participação é sempre ativa, do contrário não seria participação.
Só não participa quem se faz indiferente e insensível ao que se celebra.
Serginho Valle
0 comentários:
Postar um comentário
Participe. Deixe seu comentário aqui.