Você
entra na igreja, pouco antes da Missa iniciar, e lá esta ele afinando o violão,
dedilhando o teclado, batendo (de leve) na bateria. E aquele silêncio tão
necessário antes do início da Missa é invadido por rumores. Muitos afinam seus
instrumentos antes da Missa; tudo bem, mas que o façam na sacristia ou em outro
local, mas fora da igreja. Alguns até o fazem, mas não aguentam o formigamento
na mão e começam a tocar, mexer no microfone e assim comprometem aquela
concentração tão importante antes da Missa. Quando tudo deveria
silenciar antes da Missa, o músico com formigamento na mão está irrequieto.
Depois,
a coisa piora, quando o músico tem formigamento nas mãos. Ele não as controla.
Vem o silêncio do ato penitencial, e ele fica dedilhando sua viola. Chega a
Liturgia da Palavra, as leituras acontecendo, e o formigamento parece aumentar.
Fica lá dedilhando seu violão. São inoportunos e atrapalham a celebração, a concentração
e a oração. Não se tocam, mas tocam seu violão porque não estão na
celebração, vivem com a mão no violão.
Já
participei de celebrações com músicos dedilhando violão e ciscando no teclado
durante a homilia. Numa delas, o padre parou a homilia e educadamente pediu que
parasse. O músico, grosseiramente e ostensivamente, levantou-se e foi embora.
Demonstrou que de educação entendia pouco. Não tinha compreendido ainda
que é falta de educação atrapalhar a homilia com seus dedilhados, naquele
momento, inoportunos.
Chega
o momento da Oração Eucarística e, lá está ele: a Missa silenciando e ele
dedilhando seu violão. Alguns inventam fazer fundo musical no momento da
consagração, quando tudo deveria ser silenciosamente quieto. O formigamento em
sua mão o leva a ser invasivo até mesmo do silêncio celebrativo.
Pois
é, para não ser invasivo, ele deveria se tocar ou, se for o caso, tratar esse
seu formigamento na mão para a celebração não atrapalhar.
Serginho Valle
2017
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