A espiritualidade da Unção dos
Enfermos leva os celebrantes a se unirem mais intimamente com Jesus Cristo
sofredor para o bem do povo de Deus, explica São Paulo (Cl 1,24). A debilidade
corporal, manifestada na velhice ou na doença, não é nem descartável ou apenas
deplorável; para a Igreja é um tempo para fazer do sofrimento uma oferta
agradável ao Pai para o bem do mundo, como diz São Paulo VI, na Constituição
Apostólica “De Sacramento Unctionis Infirmorum”.
Por meio da celebração do Sacramento
da Unção dos Enfermos, o cristão é convidado a participar e a colocar em Deus
toda sua fé e esperança, como lemos em vários exemplos evangélicos das curas
dos doentes por Jesus. A espiritualidade presente na Liturgia da Unção dos
Enfermos é vivida de modo intenso; o padre que preside este sacramento sabe o
que isso significa. É a espiritualidade que fortalece a vida do enfermo ou do
idoso pelo abandono nas mãos de Deus. É momento para a pessoa reconhecer-se
necessitada de tudo e, sem alguma resistência, colocar-se no colo de Deus, pois
nele está o consolo, a força e a esperança. Quem preside a Unção dos Enfermos deve
ser alguém envolvido pela misericórdia divina, ser um reparador da força no
doente, para ajudá-lo a abandonar-se no colo de Deus.
Serginho
Valle
Maio
de 2021
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