17 de ago. de 2015

Basílica de São Paulo fora dos Muros

Numa mão traz a espada, símbolo do seu martírio, em Roma, no ano 67, pelo imperador Nero, noutra, o livro, que representa sua incansável pregação da Palavra de Jesus nas grandes cidades do Mediterrâneo. Assim é a estátua de São Paulo colocada no centro do quadripórtico que acolhe turistas e peregrinos de todo mundo, vindos para admirar a Basílica construída em sua honra, em Roma.  

A igreja de São Paulo fora dos Muros, depois da Basílica de São Pedro, é a maior da capital. Denomina-se como “Fora dos Muros” por estar construída fora dos muros da antiga cidade de Roma.

Construída pelo imperador Constantino, numa área de cemitérios, onde ainda se conserva o túmulo do Apóstolo, a Basílica foi consagrada pelo Papa Silvestre, em 324.

No seu interior, estão pintados os rostos de São Pedro e de seus sucessores, com um conjunto de retratos iniciados na segunda metade do século V a pedido do Papa Leão Magno.

No mesmo período, o imperador Onorio e sua irmã Galla Placidia realizaram trabalhos de embelezamento, como o mosaico do arco triunfal representando a primeira visão profética de São João. Mas, tanto esta como outras não passam de uma cópia da original porque, na noite entre 15 e 16 de julho de 1823, quase toda Basílica foi destruída por um incêndio.

A causa do incêndio, pelo que tudo indica, foi o esquecimento de um lampião aceso, por um operário, no madeiramento do telhado, que já era muito antigo e, possivelmente, muito seco. Era julho daquele ano e tinha pouca gente porque era uma região atingida pela malária. A Basílica foi destruída por este incêndio.

Houve um grande debate sobre como reconstruir a Basílica, começando pelo Papa Leão XII, o primeiro Papa daquela época. A decisão foi a construção de uma basílica em estilo paleocristão.

Duas obras escaparam milagrosamente das chamas, ambas da época medieval: o baldaquino, uma das primeiras manifestações da arte gótica, em Roma, e o candelabro pascal, colocado perto do altar mor. O candelabro pascal é uma única coluna de mármore branco com desenhos e símbolos muito interessantes e nem todos, ainda, explicados pelos especialistas. A coluna de mármore remete à coluna de fogo, mas lembra também a árvore da vida, como se vê em símbolos botânicos e símbolos de luz.

À esquerda da nave encontra-se a Capela do Santíssimo, construída por Bento XIV, por ocasião do jubileu de 1725. Originalmente, foi construída para receber um crucifixo medieval, do século XIII ou XIV, conhecido como o crucifixo diante do qual Santa Brígida da Suécia rezava durante o tempo que viveu em Roma.

As colunas do claustro, entrançadas e lisas, além dos mosaicos, são testemunhas preciosas da arte cosmateca. Seus corredores conservam quase dois mil fragmentos de lastres de túmulos, estátuas e sarcófagos, vindos do cemitério vizinho.

O claustro é do século XII e não foi destruído pelo incêndio. É onde se pode ver o ambiente monástico medieval. Ao redor desse ambiente encontra-se também um museu e uma pinacoteca.



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