Distinções Importantes:
- Pastoral Litúrgica Paroquial (PLP): Cuida da organização de todas as atividades
litúrgicas na paróquia. Tem função organizacional.
- Pastoral DA Liturgia: Refere-se à evangelização através das
celebrações litúrgicas, que se manifesta nas celebrações pela pedagogia
litúrgica.
Sobre esses dois temas, estou propondo dois cursos complementares. Quer dizer, você começa com o curso Pastoral DA Liturgia (https://lp.liturgia.pro.br/pastoral-da-liturgia ), que é um curso introdutório, e segue (completa) com o curso de PLP – Pastoral Litúrgica Paroquial (https://lp.liturgia.pro.br/plp1 ).
Minha reflexão inspira-se numa provocação do Santo Padre. Em 2013 (cf. EG 87), Papa Francisco trouxe uma questão relevante, que interpreto com uma interrogação: o que a Igreja, com suas celebrações tranquilas e tradicionais, pode oferecer aos fiéis que, muitas vezes, estão conectados às redes sociais até durante a Missa e para a acompanhar a Missa? Provocação que considera a calma natural da comunicação litúrgica em relação à frenesi que impede a concentração das redes sociais diante da quantidade de informações a processar. Eis o desafio pastoral de nossos dias.
Sobre desafios pastorais dos dias atuais causado pelas redes sociais, vou me deter somente nos desafios relacionados à Pastoral Litúrgica Paroquial e à Pastoral DA Liturgia. Não estou fazendo um tratado sobre o assunto, é evidente, por isso, proponho, apenas, algumas pontuações abertas com a intenção de promover algum debate e outros possíveis questionamentos na Equipe de Liturgia da sua paróquia.
Um desafio diz respeito às transmissões online: Muitas paróquias, pela exigência pastoral imposta na pandemia, começaram a transmitir Missas pela internet, visando atender uma necessidade pastoral. Hoje, no pós-pandemia, é preciso refletir sobre o impacto e a necessidade dessas transmissões em relação ao bem espiritual. Será que elas promovem um bem espiritual ou favorecem a acídia, que resulta em isolamento religioso? Neste caso, a dimensão fontal da Liturgia, como escola da espiritualidade cristã, é prejudicada, uma vez que esta constrói a “ekklesia”, comunidade e não isola.
Noutro desafio, podemos considerar
a mentalidade “assistir à Missa”: A
facilidade de acessar Missas online (pode) reforça — ou trazer de volta — a mentalidade
de “assistir” passivamente às Missas, em detrimento ao valor de participar presencialmente
da celebração. A presença em uma celebração envolve o celebrante e dificulta o grau
de assistência. O acompanhamento de Missas nas redes sociais nitidamente contribui
para a mentalidade da assistência da Missa. Isto, ao meu ver, é uma regressão
pastoral, em termos de Pastoral DA Liturgia.
Proponho ainda um terceiro
desafio, o impacto comunitário:
Participar presencialmente de uma celebração é diferente de assistir sozinho, em
casa. Depois de tantos anos da Reforma Litúrgica, existe uma consciência já bem
fortalecida sobre a importância da participação presencial da Missa em favor da
comunhão e participação na comunidade. Este é um tema que desenvolvo no meu
curso “Pastoral DA Liturgia”. A presença nas celebrações favorece o engajamento
comunitári
o, especialmente em celebrações evangelizadas e evangelizadoras. A
troca da participação pela assistência pode não ser benéfica no fortalecimento
da pertença comunitária gerando, inclusive, o individualismo religioso.
Conclusão:
Serginho
Valle
Agosto
de 2024
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