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O uso de "Javé" na Liturgia

Em anos passados, mas não num passado muito distante, houve uma polêmica quanto ao uso do nome divino “Javé” em nossas liturgias. Outro dia, recebi uma pergunta com a mesma dúvida. Vasculhando meus arquivos, encontrei o que segue. Santa Sé pede que se omita termo «Javé» na Liturgia Carta do cardeal Arinze às conferências episcopais sobre o nome de Deus CIDADE DO VATICANO , quinta-feira, 11 de setembro de 2008 ( ZENIT.org ).- A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos enviou uma carta às conferências episcopais do mundo sobre o nome de Deus, na qual pede que não se use o termo «Javé» nas liturgias, orações e cantos. A carta fala do uso do nome «YHWH», que se refere a Deus no Antigo Testamento e que em português se lê «Javé». O texto explica que este termo deve ser traduzido de acordo ao equivalente hebraico «Adonai» ou do grego «Kyrios»; e põe como exemplos traduções aceitáveis em cinco idiomas: l ord  (inglês),  Signore  (ital...

Falta de educação na Liturgia

Cada vez mais impressiona-me a falta de educação nas celebrações litúrgicas, de modo particular na Missa. Isto se faz presente para com o local sagrado, manifestado no modo de se vestir, por exemplo, e até mesmo de falar alto dentro de uma igreja, antes da celebração e no momento da celebração. São evidências de uma falta de catequese, mas também de um discernimento em favor de respeito para com o espaço onde pessoas e a comunidade se encontram com Deus. Hoje, o uso de celular durante a Missa aumentou o grau de desrespeito para com a celebração. A questão beira à falta de educação, do ponto de vista social. Já vi pessoas de todas as idades usando o celular dentro da igreja, durante alguma celebração, sem contar aqueles pais que deseducam seus filhos, contribuindo com o distanciamento do sagrado, permitindo que eles fiquem totalmente alheios à celebração, brincando com joguinhos no celular. A educação de desligar, ou ao menos, colocar o celular no vibratório, é esquecida por muitos ...

Bíblia ou folheto na Liturgia da Palavra

O tema sugere-me muitas faces. Poderia trabalhar do ponto de vista teológico, sob o ângulo espiritual, na dimensão comunicativa e simbólica... Todos pontos importantes, sem dúvida. Contudo, minha eleição contempla o lado comunicativo e dialógico da Biblia na Liturgia. Na Liturgia, a Biblia é conversadeira. A Bíblia fala             Na celebração litúrgica a Bíblia fala. É a voz de Deus falando para a assembléia reunida. É quando a gente faz prosa com a Bíblia, conversa com a Bíblia e ela conosco. Tenhamos como referência a Missa. E, na missa, o momento da “fa1ação” da Biblia é na Liturgia da Palavra. É o momento do encontro com a Bíblia. A Bíblia precisa ser bem apresentada Uma vez que a Biblia toma a palavra para falar para muita gente na assembléia é compreensível que ela se apresente dignamente: bem vista, vistosa e elegante. Afinal de contas, ninguém gosta de aparecer em público mal vestido, ainda mais quando ...

Assunção de Nossa Senhora

No dia 15 de agosto, celebramos uma das principais solenidades de Nossa Senhora. Trata-se de sua gloriosa assunção ao céu. Para a exaltação de Jesus à glória, falamos em ascensão, uma vez que ele próprio se eleva ao céu.   Maria, porém, é assunta, isto é, elevada à glória não por sua própria capacidade, mas glorificada por Jesus ou pela Trindade. É a Assunção de Maria. A primeira consideração a fazer é que o dogma (verdade de fé) da Assunção não está explícito na Bíblia. Como, então, podem os afirmar algo que a própria Escritura não afirma expressamente? É que, no período em que o Novo Testamento foi escrito, a realidade sobre o final da vida de Maria na terra ainda não era preocupação. Contudo, a partir do que a Bíblia fala sobre Nossa Senhora e do seu especial vínculo com Jesus Cristo, tanto a reflexão teológica quanto a intuição popular passaram a professar a fé na gloriosa assunção de Maria. Já no século IV, temos notícias sobre uma festa litúrgica da Dormição de No...

Alfa e ômega - Dicionário litúrgico

Alfa é a primeira letra do alfabeto grego e ômega, a última letra. No início da Vigília Pascal, que é o centro do Ano Litúrgico, o padre desenha um alfa e um ômega no Círio Pascal dizendo: “Cristo ontem e hoje, princípio e fim de todas as coisas, alfa e ômega. A ele o tempo e a eternidade, a glória e o poder pelos séculos sem fim. Amém!” O fundamento bíblico encontra-se no livro do Apocalipse de São João: Ap 1,8. Alfa e ômega são sinais cristãos, usados desde longa data, a partir do século II, com certeza, para simbolizar que toda a obra de Deus tem em Jesus Cristo o seu centro. Ele é a primeira Palavra de Deus criador, por meio do qual tudo foi feito e sem essa palavra nada existe (Cl 1,16) e será a última, a Palavra decisiva. Ele é a Palavra fundamental em todas as celebrações litúrgicas. Filho de Deus e filho dos homens, Jesus é a primeira Palavra que sela a nova e definitiva Aliança entre Deus e os homens, o mediador de tudo que oferecemos ao Pai em nossas celebrações li...