O povo de Deus, que se reúne para a
Missa, constitui uma assembléia orgânica
e hierárquica que se exprime pela diversidade de funções e ações, conforme cada
parte da celebração. Por isso, convém que a disposição geral do edifício
sagrado seja tal que ofereça uma imagem da assembléia reunida,
permita uma conveniente disposição de todas as coisas e favoreça a cada um
exercer corretamente a sua função (IGMR 294a)
Por se tratar de um parágrafo longo, vamos dividi-lo em quatro reflexões, uma para aspecto contemplado nesta IGMR 294: a proposta introdutória (este artigo), o espaço do ministério da música, espaço dos ministros e a reflexão final.
Continuamos tratando do espaço celebrativo, deslocando-nos
do cuidado artístico do mesmo para contemplar sua composição funcional. Ou
seja, cada espaço dentro da igreja tem a sua função específica. É construído
para uma determinada finalidade, para uma determinada função, um serviço, um
ministério.
Este é um elemento importante para
evitar a improvisação. Nas igrejas antigas, construídas
antes da reforma litúrgica (1963), existe a necessidade de adaptar espaços
funcionais para os diversos ministérios que atuam na celebração Eucarística.
Nas igrejas que estão sendo construídas, ter o cuidado de prever tais espaços
para se evitar a improvisação que sempre provoca ruídos no processo
comunicativo.
Espaços
funcionais e ministeriais
Importante ter presente que os tais
espaços funcionais são, na realidade, espaços ministeriais. Isto é, espaços
(locais) onde os diferentes ministros exercem seu serviço litúrgico. Assim, por
exemplo, os músicos não ocupam o presbítero, porque existe um local reservado a
eles, de onde exercem seu ministério de músicos. Os leitores não participam da
Missa no meio da assembléia, mas no local reservado a eles e de onde se
dirigem, no momento da proclamação da leitura, até o ambão. O mesmo se diga dos
ministros que distribuem a Eucaristia; existe um espaço próprio de onde
participam da celebração e se deslocam para exercer seu ministério.
A IGMR 249 esclarece que se trata
não apenas de uma função organizacional, como também de um sinal comunicando a
comunhão entre os diferentes serviços, todos em função da mesma celebração. Ou
seja, a própria disposição espacial da igreja comunica a mensagem de que a
celebração Eucarística é ministerial e partilhada entre vários serviços, vários
ministérios.
Serginho
Valle
2016
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