21 de out. de 2016

IGMR 294 – Espaço celebrativo funcional e ministerial

O povo de Deus, que se reúne para a Missa, constitui uma assembléia orgânica e hierárquica que se exprime pela diversidade de funções e ações, conforme cada parte da celebração. Por isso, convém que a disposição geral do edifício sagrado seja tal que ofereça uma imagem da assembléia reunida, permita uma conveniente disposição de todas as coisas e favoreça a cada um exercer corretamente a sua função (IGMR 294a)


Por se tratar de um parágrafo longo, vamos dividi-lo em quatro reflexões, uma para aspecto contemplado nesta IGMR 294: a proposta introdutória (este artigo), o espaço do ministério da música, espaço dos ministros e a reflexão final.
Continuamos tratando do espaço celebrativo, deslocando-nos do cuidado artístico do mesmo para contemplar sua composição funcional. Ou seja, cada espaço dentro da igreja tem a sua função específica. É construído para uma determinada finalidade, para uma determinada função, um serviço, um ministério.
Este é um elemento importante para evitar a improvisação. Nas igrejas antigas, construídas antes da reforma litúrgica (1963), existe a necessidade de adaptar espaços funcionais para os diversos ministérios que atuam na celebração Eucarística. Nas igrejas que estão sendo construídas, ter o cuidado de prever tais espaços para se evitar a improvisação que sempre provoca ruídos no processo comunicativo.

Espaços funcionais e ministeriais  
Importante ter presente que os tais espaços funcionais são, na realidade, espaços ministeriais. Isto é, espaços (locais) onde os diferentes ministros exercem seu serviço litúrgico. Assim, por exemplo, os músicos não ocupam o presbítero, porque existe um local reservado a eles, de onde exercem seu ministério de músicos. Os leitores não participam da Missa no meio da assembléia, mas no local reservado a eles e de onde se dirigem, no momento da proclamação da leitura, até o ambão. O mesmo se diga dos ministros que distribuem a Eucaristia; existe um espaço próprio de onde participam da celebração e se deslocam para exercer seu ministério.
A IGMR 249 esclarece que se trata não apenas de uma função organizacional, como também de um sinal comunicando a comunhão entre os diferentes serviços, todos em função da mesma celebração. Ou seja, a própria disposição espacial da igreja comunica a mensagem de que a celebração Eucarística é ministerial e partilhada entre vários serviços, vários ministérios.
Serginho Valle
2016



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