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Mostrando postagens de novembro, 2016

Oração dos fiéis

A oração dos fiéis é um rito orante que conclui a Liturgia da Palavra. Como e m   todo rito, no contexto celebrativo da Liturgia da Palavra, a Oração dos fiéis é presidida e pelo padre e proclamada por um ou vários intercessores.  Repetindo, sendo processo normal da Liturgia da Palavra, a oração dos fiéis é prece, composta de várias intenções (pedidos) proclamada diante de Deus e diante da comunidade. Não é, portanto, recitada em conjunto. O padre exerce seu ministério presidencial na Oração dos fiéis pela monição inicial, formulada em forma de convite. E, depois da proclamação das preces, ele a conclui com uma oração que, dada as circunstâncias, deveria ter a estrutura das orações coletas: invocação ao Pai ou ao Filho, memorial breve, súplica e conclusão doxológica simples. O diácono, quando presente, exerce seu ministério anunciando as intenções de cada prece que será proclamada. Mais uma vez, é importante entender que a Oração dos fiéis, por ser   proclamativa ...

Credo

"Credo in   unum   Deum" ... canta solenemente a Profissão de Fé em Latim, depois do silêncio pós-homilia. Este silêncio que muito pouco se observa em nossas celebrações, diga-se de passagem, considerando que muitos padres concluem sua homilia convidando os celebrantes a recitarem a Profissão de Fé. Não existe uma orientação quanto ao procedimento do rito que conclui a homilia, mas se pode deduzir um movimento ritual razoável a partir do ponto de vista comunicativo. Este movimento ritual, ao meu ver, poderia ser exercido da seguinte forma: silêncio pós-homilia, breve monição para contextualizar a proclamação da Profissão de Fé (Creio) e proclamação da Profissão de Fé, recitada ou cantada.             Minha proposta ritual contempla, portanto, uma monição motivacional diferente para cada Missa. Monição que se apoia na Palavra e na atualização da mesma, realizada na homilia. Assim, se o contexto da Liturgia da Palavra for...

Diálogo horizontal na comunicação litúrgica

“Sendo a celebração da Missa, por sua natureza, de índole “comunitária”, assumem grande importância os diálogos entre o sacerdote e os fiéis reunidos, bem como as aclamações, pois não constituem apenas sinais externos da celebração comum, mas promovem e realizam a comunhão entre o sacerdote e o povo” (IGMR 34) O presente texto da IGMR 34 encontra-se no capitulo II,o qual chama atenção para os diferentes elementos da Missa. No presente artigo, trata-se de um elemento de caráter comunicativo, pelo qual acontece uma participação ativa e efetiva no processo da comunicação Litúrgica. Do ponto de vista comunicativo, estamos com um modelo de comunicação horizontal, pelo qual, o Presidente da celebração é motivado a dialogar com os celebrantes em vista da promoção de uma comunhão “entre o sacerdote e o povo”. Uma evidência clara que a Igreja não entende a celebração (em todos os Sacramentos) como monólogo, mas como diálogo. Não somente este diálogo horizontal, que é contemplado nest...

IGMR 295 – o tamanho do presbitério

O presbitério é o lugar, onde se encontra localizado o altar, é proclamada a   Palavra   de Deus, e o sacerdote, o diácono e os demais ministros exercem o seu ministério. Convém que se distinga do todo da igreja por alguma elevação, ou por especial estrutura e ornato. Seja bastante amplo para que a celebração da Eucaristia se desenrole comodamente e possa ser vista por todos . Do ponto de vista da comunicação litúrgica, o olhar com o qual estamos lendo alguns parágrafos da Instrução Geral do Missal Romano, este IGMR 295 é a descrição de onde parte o diálogo comunicativo da celebração litúrgica. Embora a comunicação litúrgica seja dialógica, o ponto emissor (podemos falar assim) encontra-se no presbitério, de se comunica a Palavra de Deus (ambão), onde se prepara, oferece, consagra e se partilha o Sacrifício Eucarístico, de onde os ministros exercem seu serviço a Deus e aos celebrantes. Inicialmente, a IGMR 295 trata da estrutura do espaço e conclui orientando para que s...

Homilia - rito litúrgico

A primeira coisa a se considerar com respeito à homilia, dentro do processo celebrativo litúrgico, da Missa e dos demais sacramentos, é a sua   ritualidade .  A homilia não entra nos parâmetros de palestra ou pregação que, do ponto de vista comunicativo, comportam a característica de refletir ou tratar de um tema mais longamente. A homilia é um rito celebrativo Litúrgico e, enquanto tal, prima pela brevidade , pela simplicidade   e pela objetividade. Tais são as características dos ritos litúrgicos, no processo comunicativo da celebração litúrgica. Assim, homilias longas, como se fossem pregações ou palestras, tornam-se ruídos na comunicação litúrgica, no decorrer de uma celebração.  Brevidade da homilia    O tempo ideal de uma homilia dominical é entre 8 e 10 minutos. É um tempo considerado suficiente para o   homiliasta   transmitir sua mensagem e para que a mesma seja assimilada com atenção pelos celebrantes. Mais que isso, o contexto es...