
Claro
que ser agradável é uma atitude recorrente e, digamos, normal de todo bom
acolhimento. Mas, no contexto da PLP existe um algo a mais: o diálogo. O
acolhimento, no contexto da PLP, é um espaço dedicado ao diálogo, por isso deve
ser ocupado por pessoas que conheçam as exigências decorrentes da celebração de
todos os sacramentos em razão do compromisso de vida, como é o caso, por
exemplo, da Eucaristia, do Batismo, do Matrimônio, da Crisma, da Unção dos
Enfermos e da Penitência. Estes são os sacramentos de maior contato com a equipe
de acolhimento da PLP. Vamos nos ater somente aos quatro últimos sacramentos
para dar uma noção sobre a especificidade da equipe de acolhimento na PLP.
Quando
alguém procura a Igreja para batizar um filho ou para celebrar seu matrimônio,
por exemplo, é recebido pelos membros da PLP responsáveis pelo acolhimento.
Acolhe em nome da Igreja e entra em diálogo para ouvir os motivos pelos quais
estão procurando a celebração do sacramento. Quando um adolescente ou jovem
procura a Igreja para receber o sacramento da Confirmação, o trabalho do
acolhimento acontece com o catequista que atua na PLP. Uma boa preparação para
o sacramento da Penitência poderia ser feita com membros da equipe do
acolhimento preparados especificamente para atuar na Pastoral da Reconciliação,
ajudando as pessoas a fazerem boas confissões, por exemplo. Pense na riqueza do
acolhimento com pessoas enfermas, seja em levar a comunhão para doentes como em
prepara-las e ajuda-las a celebrar a Unção dos Enfermos.
Como
se vê, é um serviço que exige preparo e testemunho de vida cristã porque o
membro da equipe de acolhimento precisa ser capaz de propor as consequências
existenciais na celebração de cada sacramento. Os membros da equipe do
acolhimento, por isso, devem saber propor as responsabilidades a quem traz o
seu filho para ser batizado, entrar em diálogo com os noivos e ajudá-los a
compreender o significado do sacramento do Matrimônio. Ajudar adolescentes e
jovens a entrar no discipulado, favorecer o caminho de conversão de quem se
prepara para a confissão. Uma preparação que, ao meu ver, poderá ser sempre
feita em pequenos grupos.
Dentro
deste contexto, quem faz parte do acolhimento, na PLP, são pessoas capazes de
dialogar, quer dizer, de ouvir e de propor aquilo que a Igreja exige sem atitude
impositiva. É alguém afetuoso e claro nas propostas. Alguém que não se preocupa
em convencer o outro com argumentos, mas propor o que pede o Evangelho e a
Igreja em vista da maturidade na fé dos celebrantes e o ingresso no discipulado
do Evangelho.
Um
ícone muito bonito, e esclarecedor, do trabalho da equipe de acolhimento, na
PLP, é o quadro dos discípulos de Emaús (Lc 21,13-35). O membro da equipe de
acolhimento é alguém disposto a caminhar com seus irmãos e irmãs até o momento
da celebração, ouvindo a vida dos caminhantes, conhecendo suas esperanças e
decepções, partilhando alegrias e tristezas... Neste acompanhamento, procura
favorecer a iluminação de suas vidas e fazendo seus corações arderem com o
anúncio do Evangelho. Sim, porque, em muitos casos, os membros da equipe de
acolhimento são os primeiros anunciadores de um Evangelho que é ouvido e que
passa a comprometer a vida dos celebrantes proporcionando comportamentos
existenciais
Um
trabalho, em conclusão, extremamente importante na PLP e, mais importante ainda
na comunidade, em vista de celebrações conscientes e capazes de tocar e
transformar a vida dos celebrantes com o Evangelho e pelo Evangelho.
Serginho
Valle
Setembro
2019
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