
O ministério da ornamentação não se
limita somente à ornamentação do espaço celebrativo da Missa, se bem que será
sobre isso que iremos tratar neste e em outros textos sobre este tema. A
atividade do ministério da ornamentação diz respeito a todos os sacramentos,
inclusive às celebrações matrimoniais. Estas deveriam ficar a encargo de quem
faz parte da Pastoral Litúrgica da comunidade e não de floriculturistas que, em sua grande parte, demonstram conhecer pouco
ou quase nada da Teologia celebrativa matrimonial e nem de Liturgia. Disto
são provas algumas ornamentações que em nada contribuem para uma celebração
liturgicamente cristã.
Mas, sobre isso falaremos em outra
oportunidade nosso assunto, agora, é a ornamentação para celebração Eucarística
e, mais especificamente, o ministério da ornamentação em uma comunidade
paroquial.
Ornamentação
celebrativa
Quando alguém se dispõe a trabalhar
com a ornamentação, na Liturgia, precisa ter em mente que seu trabalho, como
dito acima, não tem a finalidade de enfeitar a igreja, mas de favorecer a
participação dos celebrantes na celebração. Isso significa que a pessoa se coloca a serviço da
celebração e dos celebrantes. De onde a necessidade de ter presente que seu trabalho não tem, em primeiro lugar, finalidade estética — embora
esta seja essencial — mas sim celebrativa. Podemos falar de estética a serviço da celebração. Quando falo que a principal
finalidade encontra-se na celebração, entendo que o resultado final, esteticamente
bonito, é um trabalho feito para favorecer a participação visual da celebração, no contexto espacial celebrativo. O ministério da ornamentação age no
campo da comunicação visual e espacial. Dois temas que também trataremos mais adiante.
Conhecer
o espaço celebrativo
Elemento importante que diz respeito
ao ministério da ornamentação é o conhecimento do espaço celebrativo e sua função no processo litúrgico
da celebração. Isso tem a ver também com o "mobiliário" da
celebração, especialmente os locais onde a celebração acontece: altar, ambão, cadeira presidencial, espaço reservado aos
ministros... Todos esses espaços já estão contemplados aqui no meu blogger e podem ser facilmente consultados.
O conhecimento do espaço celebrativo
se faz necessário para não correr o risco do arranjo ou de um símbolo ser
colocado em locais indevidos. O mesmo vale para o tamanho e o volume, do
arranjo ou do símbolo, para não esconder o local onde a celebração acontece e, pior que isso, esconder o ministro que preside ou que participa de algum rito.
Tais considerações ajudam a
compreender que o arranjo é índice, quer dizer, indicativo para valorização de
um espaço; para dar destaque ao espaço celebrativo. O arranjo não é mais
importante que o altar, mas ali está para valorizar o altar e mostrar sua
importância. Não é mais importante que o ambão, mas favorece a valorização do ambão e da Palavra ali proclamada. Qualquer ornamentação
que invada ou prejudique o espaço celebrativo está mal feita, mesmo sendo, esteticamente falando, uma obra de arte.
Não
só arranjos florais
Para concluir, um lembrete. O
ministério da ornamentação não se ocupa somente com arranjos florais, como já
dei a entender em alguns tópicos no decorrer do meu texto. Ocupa-se também da
criação de símbolos e sinais que, eventualmente, são usados na celebração. Sobre este assunto, a criação da
simbologia celebrativa também trataremos neste espaço oportunamente.
Serginho Valle
2016
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