
Neste
contexto é possível considerar aquilo que se denomina de “criatividade
litúrgica”. Termo nem sempre compreendido e bem utilizado em nossas
comunidades.
A criatividade litúrgica não se situa na
criação da novidade que impressiona ou é usada unicamente para provocar emoções
na linha do sentimentalismo. Criativo, no contexto teológico e na Pastoral da
Liturgia, não é aquele que inventa moda nas celebrações, agindo
individualmente, fundamentando-se na teoria de “o povo gosta”. A criatividade
litúrgica tem a finalidade de ajudar a celebrar melhor para conduzir os
celebrantes ao encontro de Deus e ao compromisso com o seu projeto divino. Por
isso, a “criatividade litúrgica”, como a Igreja a entende, requer conhecimento profundo
da Teologia Litúrgica. Criatividade não combina com infidelidade às normas
litúrgicas e nem aborrece a assembléia com encenações, ritos exóticos,
cantorias e excesso de símbolos. A criatividade na Liturgia jamais extrapola,
ao contrário, sempre favorece a oração e a compreensão do que se celebra.
A criatividade litúrgica não se preocupa
em “inventar para atrair” e para agradar os celebrantes, mas em se servir da
palavra, da música, dos gestos, do silêncio... de todo o processo da
comunicação litúrgica, em suma, para favorecer nos celebrantes a sintonia com
Deus, em clima de oração e, para isso, não se serve de linguagens conotativas
do teatro, de palestras intermináveis, de shows e de outros pendulicários.
Serginho Valle
Abril de 2019
Bom dia o texto é lindo maravilhoso pena que nem todas as comunidades e paródias estudam para fazer conforme esse texto nos pede
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