7 de abr. de 2017

Símbolo contextual para o Domingo de Ramos

Recordo como defino aquilo que denomino de "símbolo contextual": trata-se daquele símbolo que é feito para um determinado contexto celebrativo ou para um determinado tempo litúrgico, como é o caso da Semana Santa. É uma atividade do Ministério da Ornamentação que exige reflexão e conhecimento do contexto celebrativo para criar um símbolo contextual digno e relevante em sua mensagem comunicativa em uma celebração especifica. Um bom exemplo disso é a celebração do Domingo de Ramos.
            A celebração do Domingo de Ramos reúne dois contextos diferentes, mas concordes entre si. No primeiro contexto, a entrada de Jesus em Jerusalém e, no segundo contexto, a Eucaristia com a leitura da Paixão de Jesus. Dois contextos que definem igualmente duas terminologias para este Domingo: Domingo de Ramos e Domingo da Paixão. 
Domingo de Ramos presente na primeira parte da celebração, na qual o Evangelho dos ritos iniciais e da procissão descreve Jesus entrando em Jerusalém e sendo aclamado pelo povo com ramos nas mãos. Já, o Domingo da Paixão é assim denominado porque se lê a Paixão de Jesus na Liturgia da Palavra da Missa. 
Dois contextos bem definidos, que podem ser simbolizados contextualmente com dois símbolos próprios, ou, simbolizados por um único “símbolo contextual.” 
Um símbolo contextual poderá ser preparado no local onde acontecem os ritos iniciais, que normalmente é fora da igreja. A simbolização, neste caso, poderá ser feita com ramos e fitas vermelhas, por exemplo.
No segundo momento, a celebração Eucarística que acontece dentro da igreja, este poderá contar com um símbolo contextual realizado com ramos em volta de uma Cruz. Ou ainda, com ramos trabalhados artisticamente, formando uma grande Cruz. A criatividade do Ministério da Ornamentação deverá ser livre para exercer seu trabalho com uma vasta possibilidade de criar um belo e expressivo símbolo contextual, considerando os dois contextos celebrativos deste Domingo seja separadamente seja conjuntamente.
Serginho Valle
2017 


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