“Opus
Dei” – “Obra de Deus” ou as “Obras de Deus” — no Antigo Testamento são as
maravilhas realizadas por Deus em favor do seu povo e com o seu povo (Gn 2,2-3;
Is 5,12; Jr 48,10). No Novo Testamento, Jesus ensina que a “opus Deis” (a obra
de Deus) consiste em crer naquele que ele enviou (Jo 6,28-29). Para São Paulo,
a missão do Apóstolo consiste em colaborar com a “opus Dei”, com a “obra de
Deus” em favor do povo (1Cor 3,9; 15,18), cuja atividade apostólica se
caracteriza em continuar a obra de Cristo (“opus Christi”) (Fl 2,30), realizada
no Mistério Pascal. Toda vida cristã, na prática, tem em vista colocar em ação
— atualizar na sociedade — a “opus Dei” (a obra de Deus) para que o Reino de
Deus aconteça entre nós.
Dentre
as atividades de atualizar a “opus Dei”, a Liturgia ocupa um posto central,
pois a Liturgia é o conjunto de atos que condensa a colaboração de Deus e de
seu povo, o momento mais integral e mais expressivo desta colaboração, para que
a “opus Dei” (a obra de Deus) aconteça na terra.
É
por isso que a expressão “opus Dei” tornou-se, no decorrer dos séculos V e VI,
principalmente na Regra de São Bento, sinônimo de Liturgia. A expressão “opus
Dei” tem a particularidade de poder significar, seja a obra do povo diante de
Deus, através das celebrações litúrgicas, seja a obra divina em favor do povo,
graças a ação memorial que acontece através da Liturgia.
A
“opus Dei”, portanto, é uma feliz expressão para significar a Liturgia como o
encontro de Deus com o povo na confirmação e na renovação da Nova Aliança.
(SV).
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