No
Tempo Comum, a 2ª leitura não mantém uma relação nem com a 1ª leitura e nem com
o Evangelho. É uma “leitura semicontínua”, assim chamada pela continuidade de
uma celebração à outra: inicia-se numa celebração e é continuada de onde parou,
na celebração seguinte. Nos tempos fortes — do Natal e da Páscoa — este
critério não é obedecido, pois as leituras são escolhidas de forma harmônica,
isto é, as três leituras coincidem no temário.
Comumente, a 2ª leitura é chamada também com o nome
de epístola ou Leitura do Apóstolo porque são escritas por Paulo, Pedro, João,
Tiago, Hebreus.... Dependendo do Tempo Litúrgico, são lidas passagens do
Apocalipse, como acontece, por exemplo, no Tempo Pascal.
Pessoalmente, considero que existe sim uma
possibilidade de fazer uma ligação com as demais leituras, salvo algumas
exceções, no Tempo Comum. Isto pode ser proposto colocando 2ª leitura como proposta
prática de vivência, uma vez que quase sempre tais leituras exercem esta
dimensão de testemunho prático da vida cristã. Isto é bem perceptível nas 2ª leituras
do Ano A da Quaresma. Neste caso, a 1ª leitura e o Evangelho coincidem e a 2ª leitura
indica como viver aquilo que é proclamado seja na 1ª leitura como no Evangelho.
Serginho Valle
2016
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