Para celebrar a Eucaristia o povo de Deus se
reúne geralmente na igreja, ou na falta ou insuficiência desta, em outro lugar
conveniente, digno de tão grande mistério. As igrejas e os demais lugares devem
prestar-se à execução das ações sagradas e à ativa participação dos féis. Além
disso, os edifícios sagrados e os objetos destinados ao culto sejam realmente
dignos e belos, sinais e símbolos das coisas divinas. (IGMR 288)
Iniciamos
uma importante dimensão comunicativa litúrgica: o espaço celebrativo, o local
onde acontece o processo comunicativo da celebração litúrgica. Diante do grande
respeito pela santidade da Eucaristia, a Igreja traça algumas normas gerais
sobre como ornamentar e preparar o local onde é celebrada a Eucaristia.
A
primeira menção da IGMR 288 faz referência a um local digno para a celebração
da Missa. Um modo de dizer que qualquer lugar não serve. Existe a necessidade
que seja digno e não destinados a atividades de vícios, por exemplo, ou coisas
do gênero. Quanto aos locais para a celebração da Missa, estes são regidos pela
legislação litúrgica.
O
segundo elemento refere-se às condições do espaço em vista de que a celebração
possa ser realidade de modo digno e prático. Precisa reunir condições para a
realização dos ritos e favorecer a participação dos celebrantes. Locais
apertados, por exemplo, impedem que o processo comunicativo aconteça de modo satisfatório.
Por
fim, a terceira condição: a beleza. Não se pode prescindir da beleza, de um
local bonito, agradável e acolhedor, marcado pelo bom gosto principalmente de
uma arte que seja litúrgica, porque o Mistério celebrado é grande. Isto
significa que os arquitetos e decoradores de ambientes litúrgicos precisam, no
mínimo, conhecer a funcionalidade da celebração e a proposta de um ambiente que
favoreça a oração, a escuta da Palavra e o silêncio adorante que o Mistério
celebrado exige.
Pode
ser simples e pode até ser pobre, mas não pode deixar de ser bonito dentro das
condições e dos conceitos artísticos de cada cultura. Para a Missa, quanto mais
belo, mais digno. Beleza não se conjuga com caro, mas com bom gosto.
Serginho Valle
2016
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