Salmista é um ministério litúrgico que atua na
Liturgia da Palavra. Não só na Liturgia da Palavra, mas também em outros
momentos celebrativos, como é o caso do canto das antífonas de entrada, da
aclamação ao Evangelho e da comunhão.
Na Liturgia da
Palavra, o salmista atua em dois momentos: no canto do salmo responsorial e na
aclamação ao Evangelho, cantando a antífona da aclamação ao Evangelho, no rito
que acolhe o Evangelho. No salmo responsorial, o salmista poderá atuar cantando
ou recitando salmicamente o salmo proposto.
Requisitos
ministeriais
Uma das principais
exigências do salmista, do ponto de vista musical, é saber salmodiar cantando.
É uma arte que não diz respeito unicamente ao saber cantar, ao ser afinado e
ritmado na arte musical, mas de conhecer a arte de cantar salmos para
interpretá-los naquilo que são: poemas orantes. Atualmente, as composições
salmicas facilitam bastante esta arte. Antigamente, havia uma exigência maior,
considerando a arte de cantar o gregoriano. Um bom salmista, em nossos tempos,
sabe salmodiar em gregoriano e com os tons atuais.
Outro requisito
ministerial do salmista, especialmente para aqueles que não se afinam na arte
musical, é a arte declamativa. Neste caso, o salmista proclama a salmo
declamando a poesia em modo salmico. É uma arte que exige o conhecimento da
retórica e da métrica dos poemas com os quais foram escritos os salmos.
Em ambos os casos, a
arte de lidar com os salmos, seja cantando ou declamando, vem oferecendo boas
propostas, com publicações de livros e CDs de novas composições. Também existem
livros e estudos sobre a métrica dos salmos. É importante levar em consideração
tais requisitos para não se improvisar neste momento poético da Liturgia da
Palavra.
O espaço celebrativo e
a veste do ministério do salmista
O espaço celebrativo e
comunicativo do salmista é o ambão ou Mesa da Palavra. O salmo é Palavra de
Deus proclamada de modo poético, cantada, com a assembléia, do ambão. Para isso
e por isso o salmista coloca-se diante da assembléia para proclamar o salmo
responsorial e não fica escondido ou misturado no meio do ministério da música.
Até hoje, não encontrei nenhuma justificativa convincente para se proclamar o
salmo misturado (escondido) com o Ministério da Música.
Da mesma forma como os
ministros da Palavra se vestem com uma veste litúrgica, também o salmista
exerce seu ministério revestido com uma veste litúrgica onde assim se
apresentam os ministros da Palavra. Onde isto não é adotado, o salmista se
apresenta vestido adequadamente para o ministério que irá exercer na Liturgia.
Escolher e formar
salmistas
Por se tratar de um
momento ritual marcado especialmente pela poesia orante, como se caracterizam
os salmos, concluo incentivando as equipes de celebrações a escolherem e
proporem formação adequada à pessoas que dominam a arte da música, seja pela
afinação como pela interpretação. Da mesma forma, incentivo a escolher e propor
formação a quem domina a arte retórica da declamação poética. Na Liturgia da
Palavra, o salmo por não ser recitado em conjunto (todos juntos) pede salmistas
bem preparados seja na arte musical como da retórica.
Serginho Valle
2016
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