
A celebração da presença divina
entre nós acontece por obra do Espírito Santo. É o Espírito quem conduz a
Liturgia, quem possibilita a presença divina entre nós. Isso livra a Igreja da
possibilidade de considerar a Liturgia um ato mágico. Invés disso, garante que
só existe possibilidade de atualização litúrgica, no sentido teológico Memorial,
se houver presença e graças à presença do Espírito Santo no ato celebrativo. Neste
sentido, toda celebração litúrgica é sempre momento epiclético, quer dizer,
invocação do Espírito Santo para que Deus esteja entre nós, para que a presença
divina esteja entre nós: “Ele está no
meio de nós!”
É pelo Espírito Santo que somos
convocados e reunidos em nome de Jesus Cristo: “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”. É o Espírito
que age, é Deus que nos reúne no amor de Jesus Cristo, é a presença da Trindade
envolvendo-nos em todo ato litúrgico. É diante da Trindade Santa que, pela
Liturgia, homens e mulheres de toda a terra, são convidados a adoração, ao
louvor e a ação de graças. Mas, é também obra do Espírito Santo, a convocação
para sermos alimentados com o alimento Eucarístico e para sermos conduzidos pela
Palavra proclamada em cada celebração litúrgica, nos caminhos e nos desertos da
vida. A celebração litúrgica, portanto, promove a presença divina entre nós e,
mais que isso, torna esta presença alimento e orientação para a vida.
A
Liturgia evidencia, de modo muito claro, que quem se alimenta da Eucaristia, na
Mesa da Palavra e na Mesa do Pão, encontra-se com Deus, alimenta-se de Deus e fortalece-se
com a vida divina para o cotidiano de sua vida e de sua história. Quem se
alimenta a Eucaristia encontra o sentido da vida, o motivo para o seu viver.
Serginho Valle
2017
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