O
espaço celebrativo "gaudete" e "laetare" merecem atenção do
Ministério da Ornamentação por se tratarem de espaços simbólicos, feitos com
flores, com a possibilidade de introduzir algum elemento próprio do contexto
celebrativo particular. Ambos têm a mesma finalidade: comunicar simbolicamente
a alegria da Igreja pela proximidade do Natal (gaudete) e a alegria da
proximidade da Páscoa (laetare).
O
"Domingo gaudete" é celebrado no 3º Domingo do Advento e, o
"Domingo laetare" no 4º Domingo da Quaresma. O titulo destes
dois Domingos provém de suas antífonas de entrada. Ambas convocam a assembléia
celebrante a alegrar-se no Senhor. Assim, a antífona de entrada do 3º Domingo
do Advento canta: “gaudete in Domino semper” (“alegrai-vos sempre no Senhor) e
o 4º Domingo da Quaresma canta: “laetare, Ierusalem” (“alegra-te, Jerusalém”).
O
convite à alegria é contemplado nas orientações litúrgicas com a possibilidade
de se ornamentar o espaço celebrativo com flores. Isto não significa transformar
o espaço celebrativo numa floricultura, mas tão somente, e apenas, propor um
indicativo floral para expressar a alegria da Igreja. Trata-se, sim, de alegria,
mas ainda contida, digamos assim; um contentamento de quem espera festejar
brevemente a alegria da realização de uma promessa divina, no Natal (nascimento
do Messias) e na Ressurreição de Jesus (vitória da vida sobre a morte).
Isto
significa propor um arranjo simples, que não interfira no silêncio do Advento
ou da Quaresma. Tudo indicando que se trata se um arranjo floral discreto,
simples, apenas indicativo, não em forma de notícia, mas no modo de um recado
ou, se quiserem, de um simples aviso.
Como
dito acima, existe a possibilidade de preparar o arranjo floral com algum
símbolo relativo ao contexto celebrativo, no caso, do Advento ou da Quaresma.
No Advento, por exemplo, pode-se formar o arranjo floral de modo simples e
contendo dois ou três enfeites natalinos, como as bolas coloridas. No caso da
Quaresma, o arranjo floral com uma vela, por exemplo, em se tratando do contexto
do 4º Domingo da Quaresma, do Ano A, porque o Evangelho da cura do cego nato
remete ao símbolo batismal da entrega da luz de Cristo, representado por uma
vela acesa.
Nada,
portanto, de enfeites florais exagerados nem no 3º Domingo do Advento e nem no
4º Domingo da Quaresma. No silêncio do espaço celebrativo, próprios do Tempo
Litúrgico do Advento e da Quaresma, silenciosamente se introduz um elemento
para despertar a alegria avisando que a festa já está próxima.
Serginho Valle
2017
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