
A
igreja de São Paulo fora dos Muros, depois da Basílica de São Pedro, é a maior
da capital. Denomina-se como “Fora dos Muros” por estar construída fora dos
muros da antiga cidade de Roma.
Construída
pelo imperador Constantino, numa área de cemitérios, onde ainda se conserva o
túmulo do Apóstolo, a Basílica foi consagrada pelo Papa Silvestre, em 324.
No
seu interior, estão pintados os rostos de São Pedro e de seus sucessores, com um
conjunto de retratos iniciados na segunda metade do século V a pedido do Papa
Leão Magno.
No
mesmo período, o imperador Onorio e sua irmã Galla Placidia realizaram trabalhos
de embelezamento, como o mosaico do arco triunfal representando a primeira
visão profética de São João. Mas, tanto esta como outras não passam de uma
cópia da original porque, na noite entre 15 e 16 de julho de 1823, quase toda
Basílica foi destruída por um incêndio.
A
causa do incêndio, pelo que tudo indica, foi o esquecimento de um lampião
aceso, por um operário, no madeiramento do telhado, que já era muito antigo e,
possivelmente, muito seco. Era julho daquele ano e tinha pouca gente porque era
uma região atingida pela malária. A Basílica foi destruída por este incêndio.
Houve
um grande debate sobre como reconstruir a Basílica, começando pelo Papa Leão
XII, o primeiro Papa daquela época. A decisão foi a construção de uma basílica em
estilo paleocristão.
Duas
obras escaparam milagrosamente das chamas, ambas da época medieval: o baldaquino,
uma das primeiras manifestações da arte gótica, em Roma, e o candelabro pascal,
colocado perto do altar mor. O candelabro pascal é uma única coluna de mármore
branco com desenhos e símbolos muito interessantes e nem todos, ainda,
explicados pelos especialistas. A coluna de mármore remete à coluna de fogo,
mas lembra também a árvore da vida, como se vê em símbolos botânicos e símbolos
de luz.
À
esquerda da nave encontra-se a Capela do Santíssimo, construída por Bento XIV,
por ocasião do jubileu de 1725. Originalmente, foi construída para receber um
crucifixo medieval, do século XIII ou XIV, conhecido como o crucifixo diante do
qual Santa Brígida da Suécia rezava durante o tempo que viveu em Roma.
As
colunas do claustro, entrançadas e lisas, além dos mosaicos, são testemunhas
preciosas da arte cosmateca. Seus corredores conservam quase dois mil
fragmentos de lastres de túmulos, estátuas e sarcófagos, vindos do cemitério vizinho.
O
claustro é do século XII e não foi destruído pelo incêndio. É onde se pode ver
o ambiente monástico medieval. Ao redor desse ambiente encontra-se também um
museu e uma pinacoteca.
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